Para fortalecer a pesquisa científica na Bahia, a Petrobras vai investir cerca de R$ 25 milhões no Parque Tecnológico (TecnoBahia) que está sendo construído na Avenida Paralela. Os recursos serão utilizados para a implantação de um centro de desenvolvimento de tecnologia voltado para os campos maduros de petróleo e gás do estado.
Enquanto as obras do Parque Tecnológico não são concluídas, a unidade de pesquisa da Petrobras funcionará na Universidade Federal da Bahia (Ufba). O Tecnobahia será o principal instrumento de atração de pesquisas de ponta, abrigando um consórcio de pesquisas universitárias, incubadoras e empresas de base tecnológica na Bahia.
Além de dinamizar o setor de ciência e tecnologia, o TecnoBahia vai gerar emprego e renda para a população baiana. De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Eduardo Ramos, serão criados mais de cinco mil empregos em até cinco anos. Inicialmente, cerca de 200 pessoas já trabalham no canteiro de obras na Paralela.
O ajudante de pedreiro Antonio José Silva Bispo, 27 anos, é um dos beneficiados com a obra. Depois de ter ficado nove meses sem emprego, ele está satisfeito com o trabalho. “Fiquei bastante feliz quando fui convocado para trabalhar nesta obra. Tenho carteira assinada, recebo meu salário direitinho”, afirmou.
Antônio, ele costumava viver de bico, mas nem sempre conseguia trabalho. “Ficava desesperado quando chegava o dia de fazer compras e não tinha dinheiro. Tenho um filho e ficava muito preocupado por não ter dinheiro para comprar a comida dele. Agora, enquanto estiver aqui, vou ter tranquilidade”, enfatizou Antonio.
Preocupação ambiental
O projeto do Parque Tecnológico tem a preocupação com o desenvolvimento sustentável e com a responsabilidade ambiental, já que o parque fica localizado em uma área de Mata Atlântica. São utilizados, na obra, materiais ecologicamente corretos. O sistema viário está sendo construído com piso intertravado, que tem maior aderência em relação ao asfalto, permitindo a redução de resíduos e a permeabilidade superior aos pisos tradicionais. Isto possibilita que o solo absorva uma maior quantidade de águas das chuvas.
Para a rede de energia elétrica, haverá postes de madeira provenientes de áreas de reflorestamento. Ciclovias e trilhas ecológicas contarão com baba de cupim, uma liga que substitui o cimento. O projeto conta com áreas de preservação permanente para onde são deslocadas as espécies de animais. Nessas áreas, está sendo realizado um processo de enriquecimento da fauna e da flora, com plantio de muda de espécies nativas que não existem mais no local.
Segundo o secretário de Ciências, Tecnologia e Inovação, Eduardo Ramos, as empresas que se instalarem no Parque Tecnologia terão que cumprir metas sustentáveis. O objetivo é incentivar a utilização de energias e materiais alternativos.
Fonte: Agecom
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