Com a proposta de ‘um novo olhar sobre as perspectivas de integração entre as políticas de saneamento ambiental e de recursos hídricos’ começou hoje (10) e vai até amanhã, na sede do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), o Seminário Tecnologias de Tratamento de Esgotos e Reuso da Água. Em seu primeiro dia, o evento promovido pelo Ingá e o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh) reuniu representantes de comunidades rurais e urbanas, técnicos do governo, ambientalistas, entre outros segmentos.
Representando o secretário Afonso Florence, o superintendente de saneamento da Secretária Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur), João Lopes, abriu o seminário chamando a atenção para o fato do atual governo ter encontrado uma defasagem de 20 anos, em relação ao que a Constituição Estadual determinava para a política de saneamento básico do estado. “Em dois anos, fizemos o que não se fez em 20. Mas isso é apenas o primeiro passo”, lembrou Lopes, atentando para o valor dos investimentos - R$2,4 bilhões de reais, disponibilizados para a Bahia pelos governos federal e estadual na área de saneamento básico (água e esgoto). “Os recursos são importantes, mas temos, ainda, entre outras, a responsabilidade de diversificar tecnologias, a exemplo das utilizadas no tratamento de esgotos”, ressaltou.O diretor geral do Ingá Júlio Rocha fez as honras da casa, para logo em seguida dar lugar ao presidente da Fundação Oswaldo Cruz. (Fiocruz) Mitermayer Reis, cuja palestra ‘Água e Saúde Pública’ versou sobre doenças e epidemias causadas pela falta de infraestrutura em saneamento básico.
Fechando o turno matutino do seminário, o diretor de programas e projetos de saneamento da Sedur, Olavo Lima, fez um detalhamento da Política Estadual de Saneamento Básico, bem como o direcionamento dos recursos oriundos do PAC destinados à Bahia. Olavo pregou, ainda, a necessidade de mudança nos paradigmas em projetos de saneamento. “É necessário um diálogo permanente entre saneamento e recursos hídricos”, disse o diretor.
Moradora da cidade de Iaçu, às margens do Rio Paraguaçu, a estudante do 2º grau do ensino básico Kátia Almeida veio ao Seminário acompanhando integrantes de uma ONG da região ribeirinha. Ela diz ter ficado ‘impressionada’, com o relato dos palestrantes. “Principalmente sobre os problemas causados com a falta de esgotos nas casas e o fato dos mesmos, quando existem, serem jogados nos rios”, lembrou.
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