Para valorizar os festejos do 2 de Julho como um evento estadual, abrindo caminho para seu reconhecimento como data nacional brasileira, o governo da Bahia organizou uma programação de atividades que mobilizará todos os municípios do estado que historicamente participaram da guerra da independência do Brasil.
As ações resultam de articulações entre diversas secretarias, como Casa Civil, Cultura, Saúde, Promoção da Igualdade, entre outras. As quatro unidades da Secretaria Estadual de Cultura (Ipac, Irdeb, Fundação Cultural e Fundação Pedro Calmon) estarão unidas nas atividades. O marco inicial dessas ações foi a transferência, hoje (25), da sede do governo para Cachoeira.
Entre as ações previstas está o lançamento de três publicações, organizadas pela Fundação Pedro Calmon e impressas na Empresa Gráfica da Bahia (Egba), com textos referentes à luta pela independência. Uma cartilha didática, escrita por historiadores, abordará os personagens e a cronologia da guerra da independência da Bahia, com textos voltados para estudantes do 1º grau.
A cartilha será distribuída nas escolas públicas estaduais, além de bibliotecas públicas e comunitárias.
Uma folha literária especial apresentará a Rota da Independência, destacando os municípios onde foram travadas batalhas e que primeiro declararam a soberania do Brasil frente a Portugal. A terceira publicação será um encarte especial do Diário Oficial, com textos históricos e mais aprofundados do contexto da independência do Brasil na Bahia.
A coletânea, organizada pelo historiador Ubiratan Castro de Araújo, trará textos de autores como Braz do Amaral e Jorge Calmon, entre outros publicados na edição do Diário Oficial de 1983, comemorativa ao centenário da independência.
Pelo segundo ano consecutivo, a Fundação Pedro Calmon integrará as ações do Serviço de Apoio ao Cidadão (SAC Móvel), que visitará sete municípios do Recôncavo, possibilitando à população a realização de documentos gratuitos.
A Rota da Independência partiu de Cachoeira nesta quinta-feira, em dois roteiros que percorrerão as cidades de São Francisco do Conde, São Gonçalo dos Campos, Muritiba, Maragogipe, Governador Mangabeira e Santo Amaro. A Fundação Pedro Calmon estará presente com a Biblioteca Móvel, que levará atividades literárias e recreativas e livros para consulta, além de distribuí-los para bibliotecas locais. Haverá também aulas públicas sobre história da Bahia, mostras de vídeos produzidos pelo Irdeb e performances poéticas.
Hino oficial da Bahia
Durante as comemorações em Cachoeira, o governador Jaques Wagner fará a indicação à Assembleia Legislativa para a adoção do Hino ao Dois de Julho como o hino oficial da Bahia. O hino, composto por Ladislau dos Santos Titara, com música de José dos Santos Barreto, faz menção às principais batalhas que tiveram como protagonista o povo baiano, além de proclamar a liberdade e a democracia, pois “com tiranos não combinam os brasileiros corações”.
Outra realização da Fundação Pedro Calmon que contará com a parceria da Fundação Cultural do Estado, entre outras instituições, é o projeto Ao Pé do Caboclo. Nos dias 3, 4 e 5 de julho, acontecerão em Salvador atividades culturais na Praça Dois de Julho, conhecida como Campo Grande.
“O objetivo é aproveitar a permanência das imagens do caboclo e da cabocla no local e celebrar a cultura e a história da Bahia, através de uma data que carrega tanto simbolismo para nosso povo”, explicou Ubiratan Castro de Araújo.
Na praça haverá mostra de livros de autores baianos, oficinas literárias com escritores, seminário sobre a história da literatura na Bahia, performances de dança e música, exibição de filmes e um baile público ao som de fanfarras. A Biblioteca Móvel também estará estacionada na praça com cerca de 300 livros de diversos gêneros da literatura, além de contação de histórias e atividades recreativas.
Fonte: Agecom
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