Técnicos do Governo do Estado que trabalham no desenvolvimento do complexo intermodal Porto Sul iniciaram nesta terça-feira (9), em Ilhéus, uma série de reuniões com representantes de ONGs do Sul da Bahia para debater a melhor proposta que compatibilize sustentabilidade social e ambiental. Outras reuniões de trabalho serão realizadas nos próximos meses e todos os setores envolvidos diretamente com o complexo serão ouvidos pelo governo.
O complexo intermodal é composto pela ferrovia da integração Oeste-Leste, o porto off-shore e o aeroporto internacional, os dois últimos no litoral norte de Ilhéus. Ainda em Ilhéus, os técnicos estiveram reunidos com integrantes do Núcleo da Mata Atlântica do Ministério Público Estadual e promotores da região. Foi a terceira reunião com o MPE, que acompanha todo o desenvolvimento do projeto.
“Estamos colhendo contribuições no sentido de fornecer um pensamento estratégico ao projeto sob o ponto de vista ambiental”, revelou a presidente do Instituto do Meio Ambiente (IMA) da Bahia, Beth Wagner. “O projeto é irreversível. Está feito e em andamento”, garante o superintendente da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Eduardo Matedi. “O que iremos discutir a partir de agora é a forma de fazer”, complementa.
“Como será esta região se nada disso acontecer?”, questionou a diretora do Laboratório Interdisciplinar do Meio Ambiente da Universidade federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Heliana Silva. “Ilhéus precisa deste soerguimento econômico e o Porto Sul chega em boa hora”, respondeu o secretário municipal de Indústria e Comércio, Alfredo Landim, um dos representantes da Prefeitura de Ilhéus na comissão tripartite, que acompanha as ações do governo pela implantação do complexo.
Consulta pública
A Ferrovia da Integração Oeste-Leste terá 1,5 mil quilômetros, de Ilhéus (BA) a Figueirópolis, em Tocantins. Na Bahia, atravessará 32 municípios, distribuídos por 1,1 mil quilômetros. A previsão é que a conclusão do primeiro trecho, Ilhéus (Sul) a Caetité (Sudoeste baiano), aconteça em julho de 2011; o segundo, Caetité a Correntina/Barreiras (Oeste baiano), em julho de 2012; e o terceiro, Correntina/Barreiras a Figueirópolis (TO), em dezembro de 2012.
Na última segunda-feira (8), ocorreu a primeira consulta pública para discutir o projeto, em Barreiras. A próxima está programada para acontecer em Ilhéus. A ferrovia começa a ser construída em novembro deste ano.
Fonte: Agecom
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