Com um saldo de 6.119 empregos criados em junho, a Bahia acumula 23.098 novos postos de trabalho em 2009. Este é o quinto mês consecutivo de crescimento do emprego no estado. Com esse resultado, a Bahia continua liderando a geração de empregos no Nordeste no primeiro semestre. No Brasil, em junho, o estado ocupa a quinta posição, atrás de Minas Gerais (45.596), São Paulo (27.602), Pernambuco (9.790) e Goiás (7.348).
As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED/ MTE), com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento.
O saldo de junho é resultado da diferença entre as 52.668 admissões e os 46.549 desligamentos no mês. Em termos de variação percentual, o incremento foi de 0,45%, maior do que o encontrado para conjunto do País (0,37%). No acumulado do ano, a variação é quase o dobro (1,72%) do percentual de crescimento do emprego no país (0,94%).
“Essa é mais uma informação positiva que, com outros indicadores recentes, a exemplo do crescimento de 4% nas vendas do comércio e da expansão de 7,5% na indústria, demonstram que é consistente a recuperação da economia baiana e que, possivelmente, estaremos dando um salto qualitativo entre o primeiro e o segundo semestre”, avalia o diretor-geral da SEI, Geraldo Reis.
No Brasil, com a abertura de 119.495 empregos formais celetistas em junho o primeiro semestre de 2009 acumula um saldo positivo de 299.506 novos postos de trabalho. No plano nacional, este também é o quinto mês consecutivo de expansão e o segundo melhor saldo mensal do ano, ligeiramente menor que o ocorrido em maio (131.557 postos).
Setores
Os setores que mais se destacaram na Bahia em abertura de postos de trabalho no mês foram Agropecuária (2.730), Serviços (1.514), Construção Civil (950), Comércio (720), Indústria de Transformação (278) e Serviços Industrias de Utilidade Pública (34). Somente o setor de atividades extrativas minerais demitiu mais do que contratou, com um saldo negativo de 80 postos de trabalho.
No acumulado do ano, a abertura de postos de trabalho com carteira assinada concentrou-se fundamentalmente em três setores: Agropecuária (8.380), Serviços (7.816) e Construção Civil (6.602). Os resultados poucos expressivos da Indústria de Transformação (499 postos de trabalho) e do Comércio (274 postos de trabalho) refletem menos dinamismo.
Nordeste
A tendência da geração de empregos no estado em 2009 é diametralmente oposta à verificada para a economia nordestina no seu conjunto, onde houve a eliminação de 67.044 postos. Apesar de Pernambuco ter se destacado na geração de vagas celetistas no mês, no acumulado do primeiro semestre, o estado contabiliza um saldo negativo de 27.072 empregos. No Nordeste, apenas Bahia, Ceará e Piauí tiveram expansão das oportunidades de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre.
Na capital baiana foram registrados novos 3.045 empregos. Entretanto, em função dos desligamentos ocorridos em outros municípios da Região Metropolitana de Salvador (RMS), o saldo total da RMS ficou em 1.474 novos empregos. Em contrapartida, aproximadamente 75% das oportunidades de emprego surgidas em junho ficaram a cargo dos municípios do interior. Tendência semelhante foi observada nacionalmente, uma vez que os grandes centros urbanos do país responderam, aproximadamente, por pouco mais de 20% das vagas geradas.
De acordo com o secretário do Planejamento, Walter Pinheiro, os resultados indicam que o Governo do Estado está no caminho certo quando adota políticas para a descentralização econômica, investindo no surgimento e fortalecimento de polos em outras regiões com diferentes vetores de desenvolvimento. Segundo o secretário, a estratégia é fundamental para que a Bahia não perpetue o erro histórico de manter sua economia baseada apenas na Região Metropolitana de Salvador e na indústria do petróleo e petroquímica, setores fortemente atingidos pela crise internacional.
Entre os 83 municípios com mais de 30 mil habitantes avaliados, 50 apresentaram saldo positivo na geração de empregos. Os 10 municípios com maiores saldos de emprego em junho foram Salvador (3.045), Juazeiro (1.154), Casa Nova (764), Feira de Santana (457), Vitória da Conquista (398), Barra do Choça (288), Encruzilhada (201), Correntina (145), Catu (145), Maragogipe (138).
“A distribuição espacial da criação de empregos está claramente coerente com a distribuição das vagas segundo o setor de atividade, com destaque para a agricultura e o setor de serviços”, explica Geraldo Reis.
Já Pinheiro destaca que a leitura da evolução da criação de empregos nos meses de junho dos últimos anos deixa clara a importância desse resultado (6.119) em um ano de crise. “O resultado está no mesmo patamar dos anos anteriores à crise”, avalia. Os saldos do emprego dos meses de junho em 2006, 2007 e 2008, foram respectivamente 4.395, 6.678 e 6.427 vagas.
Fonte: Agecom
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